Pessoas desaparecidas, humilhadas, torturadas e presas na maior operação policial realizada nos Estados Unidos desde a “Batalha de Seattle”, em dezembro de 1999. Anarquistas foram os alvos principais da repressão do Estado.
A Convenção Republicana, em St. Paul (Minnesota), acabou dias atrás e registrou o dobro de prisões de manifestantes que durante os quatro dias da Convenção Democrata, na semana passada.
Calcula-se que, somando as duas convenções, cerca de 1000 ativistas foram presos, só no último dia da Convenção Republicana, durante uma marcha anti-guerra, 400 pessoas foram detidas, a maioria jovens anarquistas.
Segundo relatos, durante os dias da Convenção Republicana, que concentrou os maiores protestos, desde pacíficos à intensos, pessoas desapareceram, foram humilhadas e sofreram sessões de tortura, sendo espancadas com pedaços de madeira, chutadas e sofrendo todo tipo de tormento psicológico em distritos policiais e nos “becos escuros” das ruas de St. Paul.
Há relatos também de casas de anarquistas invadidas por policiais sem identificação, em busca de material “criminoso”, tais como folhetos, livros, revistas...
Alguns anarquistas foram acusados de conspiração, enquadrados na Lei Patriota (Patriot Act) contra o terrorismo, criada por George W. Bush, e podem ser condenados a pegar até oito anos de prisão.
A Convenção Republicana contou com o contingente policial de 3.700 homens, inclusive do FBI, fortemente armados, com cassetetes de madeira, bombas de efeito moral, spray de gás-pimenta, laser e outros utensílios. Vindos de diversas partes dos Estados Unidos, como Texas, Arizona, Nova Iorque, Flórida e Califórnia.
Antes de começarem as manifestações, grupos de policiais à paisana, se infiltraram nas concentrações e tiraram fotografias e vídeos dos ativistas.
agência de notícias anarquistas-ana
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