sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Sobre o livro da Cidinha

O livro tem um nome otimo, Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor! Ta saindo... Conheci a Cidinha da Silva atraves de uma outra amiga. Um desses felizes encontros de alguem que conhece alguem e, que por sua vez, conhece alguem. Estava eu buscando por mais espacos (dentro e fora de mim) sobre a espiritualidade afro-brasileira. E foi numa dessas que encontrei a Cidinha. Coisas boas do ritmo e da crenca, lugares curiosos da alma e para o corpo. Foi somente depois que vim a saber que ela era escritora. Conversa vai e conversa vem, o mundo comeca a ficar pequeno. Havia aquela sensacao e a vontade de perguntar "porque a gente nao se conheceu antes?". Mas tudo no seu tempo...
Foi em 2006, se nao me engano em setembro, que a Cidinha lancou Cada Tridente em Seu Lugar, que hoje esta na 2º edicao. Seu primeiro livro de cronicas. Foi la na Acao Educativa, com direito a autografos e tudo mais. Bom, o livro li numa "paulada" soh. Ficava lendo tambem pra todo mundo que podia e ninguem escapava de algum conto quando ia me visitar. Depois disso fui cair no mundo e o livro veio junto. Acabei escrevendo para ela em alguma das vezes que o livro se fez tao presente e desde entao a gente compartilha algumas ideias-historias-emocoes. Eu acabei virando nao apenas fan-leitor, mas alguem que tem a sorte e o privilegio de conhecer a propria.
Cidinha tambem eh ativista do movimento negro ha muitos anos. Envolvente e lucida com as opinioes que defende foi e eh editora, educadora, militante, professora, escritora. Ela anda publicando um bocado de coisas no blog que escreve. O livro ta quase saindo da grafica e com certeza vai ter um lancamente bem legal como foi com o Tridente, entao fiquem espertos e nao percam essa oportunidade. Bom, acho que eh isso por enquanto.
Vao duas do livro novo. E para a Cidinha, boa sorte!



Licoes

Quando adolescente, me apaixonava e dava sexo para receber amor. O amor não vinha. Sofria. Sofria. Sofria. Depois descobri que não precisava me apaixonar para ter sexo, nem me apaixonar depois do sexo. Isso tudo aprendi com os homens. Dia desses, depois de me cansar de um, ele reclamou que se sentia usado. Vá entender. (Do livro novo: "Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!" Ilustração: Lia Maria)
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Quer comprar a mulher do escritor?

Compre, ele está vendendo. E eu li os textos do cabra. E gostei. Bem disse alguém que às vezes é melhor conhecer a obra e deixar no obscurantismo o autor. É o caso desse infeliz. Infeliz, mesmo. Parece que felicidade ele só conheceu com essa mulher que está à venda. “Olhem, estou louco para esta palestra terminar porque estou amando. Amando, entenderam bem? Viu fulano, viu peixano? Eu estou a-man-do, a-pai-xo-na-do”. Faz um bico murcho e endereça um beijinho a um canto da audiência. Alguém pergunta sobre o processo de criação do maledeto e a resposta é que não tem processo, é anárquico, mas quando está amando, como agora, torna-se preguiçoso, só tem ânimo para amar. Manda mais um beijinho chocho pro mesmo canto. Dessa vez, várias cabeças, inclusive a minha, olham para o dito canto, para ver se enxergam a moça. Se é que é uma moça. Deve ser, se não fosse ele não vendia assim em praça pública. A tal fica quieta, não se entrega. Fazem outra pergunta, ele não responde e aproveita para esculhambar as editoras que não souberam reconhecer a genialidade dele. Todas as inovações de linguagem e tal e tal. Um novo Guimarães Rosa, disse um crítico. Disso ele se lembra. Sabe sobrenome e endereço institucional do jornalista. Termina a palestra e ele praticamente pula do palco para a platéia e os lábios murchos vão direto ao encontro dos lábios (humm, carnudos) da amada. Todo mundo acompanha, sem disfarce. Ela não rejeita o beijo, mas parece passar-lhe um pito. Nos sentimos vingados, é uma mulher interessante, só lamentamos que esteja com aquele bobão. Além de interessante, é bonita, distribui elegância em gestos econômicos. Os outros palestrantes, civilizadamente, descem do palco e o escritor age como se o pito não tivesse sido com ele. Como um desequilibrado ele se posta atrás dela, cutuca dois dos palestrantes e põe o dedo indicador sobre a cabeça da mulher, “É ela, o meu amor”. Ela percebe e se dirige aos convivas: “Bem gente, boa noite. Já que ele me colocou à venda, deixem que eu me apresente. Meu nome é fulana de tal e blablablá”. Puta mulher classuda! O que ninguém consegue entender, mas ninguém mesmo, é o que ela viu naquele idiota. (Do livro novo: "Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!)

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O tambor da Cidinha

A Cidinha da Silva ta com um livro novo: "Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!" Mas para falar mais do livro da Cidinha eu precisaria falar dela tambem com calma. E prometo fazer isso no proximo "post". Enquanto isso voce pode aproveitar no blog - http://www.cidinhadasilva.blogspot.com/

Tire seu sorriso do caminho

Tire seu sorriso do caminho, que hoje não tem samba pro meu enredo. Degredo. Não tem alegoria pra minha tristeza. Eu sou só dor. Latejante. Tire seu sorriso do caminho, que hoje meu funk tá sem movimento de bacia. Não tem rima pro meu rap. Não tem Robinho nem Ronaldinho no meu jogo. Meu reggae tá sem sabor. Tire seu sorriso do caminho, que eu quero passar. Adeus, amor. (Do livro novo: "Você me deixe, viu? Eu vou bater meu tambor!" )

Zeitgeist

Encontrei o texto e o video no blog do Taka. Achei bem legal e penso que vale a pena conferir.

Espírito do Tempo

Zeitgeist é um termo alemão cujo significado é "Espírito do Tempo". O Zeitgeist significa, em suma, o nível de avanço intelectual e cultural do mundo em uma época. A pronúncia alemã da palavra é tzaitgaist, de acordo com o Dicionário Escolar Michaelis de Alemão.

Já o Zeitgeist em questão é Zeitgeist The Movie, um filme de 2007 produzido por Peter Joseph (pseudônimo de James Coyman) da GMP LLC, que apresenta uma série de teorias sobre as origens astrológicas e pagãs do cristianismo, a conspiração por trás dos ataques de 11 de setembro e os verdadeiros objetivos da sociedade secreta que articlou a criação da Reserva Federal dos Estados Unidos. O filme foi lançado online, livremente, via Google Video em Junho de 2007.

Zeitgeist é dividido em três partes:

  • Primeira parte: "The Greatest Story Ever Told" ("A maior história já contada")

  • Segunda parte: "All The World's A Stage" ("O mundo inteiro é um palco")

  • Terceira parte: "Don't Mind The Men Behind The Curtain" ("Não se preocupe com os homens atrás da cortina")

A primeira parte é uma análise crítica do cristianismo, sugerindo que Jesus foi apenas um híbrido literário e astrológico e que a bíblia é uma miscelânea de histórias baseadas em princípios astrológicos pertencentes a civilizações antigas.

Já a segunda parte expõe evidências de que o governo dos EUA já sabia dos ataques de onze de setembro e que a queda das torres gêmeas foi uma demolição controlada. O objetivo de permitir tal trajédia, segundo Zeitgeist, é ter uma desculpa para iniciar uma nova fase do imperialismo norte-americano sob controle do império apátrida das corporações, que por sua vez são controladas por redes secretas de interesses.

A terceira parte do filme, a que mais incomoda por ser extremamente atual, afirma que a Reserva Federal dos Estados Unidos da América foi articulada por uma sociedade secreta, visando obter os maiores lucros possíveis, nem que para isso seja necessário delcarar guerras que obriguem o governo a se endividar com a Reserva Federal.

O filme mostra o quanto foi lucrado e quem lucrou com as seguintes guerras e crises econômicas: crise de 1907, crise de 1929, Primeira Guerra Mundial, Segunda Guerra Mundial, Guerra do Vietnã, Iraque e Afeganistão. O filme também aborda os preparativos para uma futura intervenção à Venezuela (não fica claro como se derá essa intervenção).

Zeitgeist defende a tese de que o objetivo dessa sociedade secreta é o controle da humanidade através de um governo mundial e uma moeda unificada, cujas transações serão efetuadas através de um chip implantado em cada ser humano.

A três partes do filme se entrelaçam entre si, principalmente a segunda e a terceira, que têm em comum a participação de diversas gerações da família Bush em seu enredo.

O ZDay: mobilização em rede com marketing viral e marketing de guerrilha

Por enquanto, além do Google Video, o filme só tem circulado pela internet através de programas P2P, como emule e torrent. Fora da internet está se formando uma corrente que lembra muito o marketing viral, onde os que assistiram o documentário são estimulados a passar a mensagem para o maior número possível de pessoas. Geralmente, quem assiste o filme até o fim sente uma angústia e impotência, restando ao mesmo, à curto prazo, somente a opção de passar a mensagem adiante; seja gravando cópias do filme, convidando amigos à assistirem ou simplesmente divulgando o link no Google Vídeo. Em menor escala pode-se supor que táticas de marketing de guerrilha estejam envolvidas na divulgação do filme, visto que o mesmo faz sucesso em redes sociais adeptas das teorias da conspiração, que são acostumadas à utilizar táticas desse tipo de marketing.

Visando potencializar esse Marketing Viral de Zeitgeist seus protures estão articulando o ZDay no dia 15 de março de 2008. O ZDay será um dia mundial de exibições públicas e privadas de Zeitgeist por fora do mainstream. A articulação desse "dia de ação global" está sendo centralizada no site do filme, aonde consta uma listagem de todas as exibições que estão sendo articuladas para esse dia. Há diversas exibições sendo programadas no Brasil. Quem quiser organizar uma exibição é só baixar o filme e se inscrever no site.

É visivel que essa é uma estratégia copiada dos Dias de Ação Global, que eram articulados pelo movimento de resistência global (ou anti-globalização como a mídia chamava), que teve seu auge entre os anos de 1998 e 2003. O site de Zeitgeist incentiva diversas formas de ativismo baseadas nas teses do filme, como uma campanha pela reabertura das investigações do onze de setembro; uma campanha contra a implementação da União Norte Americana (uma espécie de NAFTA anabolizado inspirado na União Européia) e uma campanha à favor do obscuro candidato republicano à presidência Ron Paul (libertarian ou anarco-capitalista), que é apoiado pelos produtores do filme por se opor ao projeto da União Norte Americana, por ser contra o Patriotc Act, contra a vigilância da internet e por defender do fim da Reserva Federal.

Críticas ao filme

Os críticos de Zeitgeist falam que muitas evidências levantadas não tem fontes claras, e questionam o fato do filme utilizar diversas cenas de noticiários sem datá-los ou contextualiza-los e citações de livros sem falar o número das páginas de onde essas citações são tiradas, o que dificulta a verificação das mesmas. Mas o maior ataque ao filme é taxa-lo de idiotice de internet e nova moda dos aficcionados em Teorias da Conspiração.

Porém com uma pesquisa mais atenciosa no site de Zeitgeist é possível encontrar todos os créditos e referências que seus críticos alegam não existir. Agora, se as fontes usadas no filme sao confiáveis fica a critério de cada um. Quem quiser conferir clique AQUI.
O que importa nesse filme?

Creio que a novidade mais marcante envolvendo Zeitgeist é a forma como ele está sendo distribuído e divulgado, totalmente por fora do maistream e combinando técnicas colaborativas com táticas de mobilização em rede. É uma idéia que pode ser usada por outros produtores, campanhas políticas e redes de mobilização; desde que criem um produto com grande potencial de comoção como é Zeitgeist.

Fora isso, independente das críticas e elogios e do viés anarco-capitalista, o filme tem o mérito de expor assuntos desconhecidos para a maioria das pessoas; como as controvérsias no caso do onze de setembro, o papel da reserva federal, a história das religiões, a União Norte Americana e outros temas que são extremamente obscuros para a maioria da população. Não se pode esquecer que a iniciativa de divlgar o filme através de dias de exibição expontãnea, organizadas por pessoas comuns, é um grande incentivo à criação de redes de trabalho ativista/militantes e à inclusão de mais cidadãos comuns nos debates da vida pública. Talvez esse filme seja o primeiro passo na vida política de muita gente. Só espero que ignorem a mensagem de apoiar um anarco-capitalista como Ron Paul.

Já a repercurssão que está dando nos países de língua portuguesa, especialmente o Brasil, é decepcionante. Dando uma fuçada nos fóruns de internet e comunidades que estão discutindo o filme percebe-se que o nível da discussão está bem baixo. A principal polêmica em torno dos debates é sobre a primeira parte do filme. O que tem de cristão que está revoltado, e anti-cristãos felizes, não é brincadeira. Em todos os fóruns só se discute isso, quase não se lê sobre a tese do onze de setembro ou da Reserva Federal. E pior, quando se discute as outras teses é pra falar coisas absurdas como: "Bush é enviado do diabo". Sei lá, acho que é reflexo da despolitização da sociedade brasileira. Aqui, a mentalidade de boa parte do povo ainda não chegou na modernidade e tem na religião o centro de tudo o que é sério na sua vida. Nosso zé povinho não consegue ir muito além do que conhece cotidianamente. Onze de setembro, Reserva Federal....ao que parece já é exigir demais.

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O que tentar

Ainda assim podemos tentar apenas isso: ser o suficiente. A "ambicao" de ser "mais" esta mudando. As vezes a unica coisa que importa eh ser o suficiente. Suficiente para dizer a verdade em tempo habil. Suficiente para chorar quando se precisa. Suficiente na coragem de dizer adeus. Suficiente para agradecer. Suficiente para deixar partir. Suficiente para amar o novo e novamente. Nao muito mais, nao menos. As vezes o suficiente basta e isso pode ser assustador. Somente uma chance para tentar nao ser indiferente.

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Parabens Sao Paulo


Depois disso voce ainda vai continuar achando que nao da para fazer nada? Vai continuar dizendo e pensando que nao ha saida? Que o mundo eh assim mesmo e que voce nao tem outra escolha? Pois pense bem, ja passou da hora.

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Por ludista
Segundo esta reportagem, na quinta-feira (21) a frota de veículos motorizados da cidade de São Paulo alcançou o fabuloso número de seis milhões de unidades. Deste total, 75% são automóveis (4,5 milhões).
Quem causa o trânsito? Quem polui o ar? Quem provoca o abandono do espaço público?
O recorde é fruto do “desenvolvimento” da metrópole que não podia parar. Por “desenvolvimento”, leia-se: consumismo, individualismo, desperdício de recursos naturais, precarização do trabalho, formatação do território para atender a acumulação e o fluxo de riquezas (sem distribuí-las), produção de lixo, implantação de políticas que beneficiam e enriquecem alguns poucos em detrimento de todos, privatização ou abandono dos espaços públicos.
Não houve sequer um governo (federal, estadual ou municipal) desde 1950 que ousou enfrentar a máfia automobilística e racionalizar o uso do automóvel. Pelo contrário: todos acreditam nas obras viárias e na concessão de benesses ao uso do automóvel como a melhor forma de conquistar votos.
De fato, a população adora um novo viaduto com o nome de algum ilustre canalha, mesmo que a nova ponte seja vetada ao transporte coletivo, à pedestres ou bicicletas. Todos querem um carro. Com ele, o sujeito se sente livre e poderoso: ascende a um novo extrato social.
Ué, mas não é isso que a tevê ensina em comerciais, novelas e filmes? Ou alguma celebridade ou político aparece na tevê saltando de um ônibus ou caminhando pelas ruas?
Romper com a hegemonia do automóvel e enquadrá-lo em um uso racional é uma das tarefas mais importantes deste novo século. E essa tarefa não será feita por agências de publicidade, departamentos de marketing ou discursos políticos.
A construção de cidades humanas, onde o barulho, a poluição, o congestionamento e a agressividade não sejam a regra, se dá na prática, com ações concretas, mudanças de hábitos, paradigmas e políticas.
Cabe aos cidadãos se livrarem de desculpas como “o transporte público é ruim” e, pelo menos, caminharem até a padaria da esquina.
Começa com o hábito de deixar o carro em casa no dia do rodízio e vivenciar um dia de “realidade” dentro de um ônibus, em cima de uma bicicleta ou sobre dois pés, e não mudar os horários de trabalho por não conseguir se livrar da carro-dependência.
Aos governantes, atitutes e políticas para as cidades devem realmente retirar o excesso de espaço e privilégios dedicados aos automóveis, beneficiando toda a população, e não apenas aqueles que se locomovem em máquinas. E isso não será feito com migalhas que sobram das pontes, estradas e túneis…
Por hora, um brinde à indústria automobilística e ao desenvolvimento suicida que faz abrir o sorriso na cara de comentaristas econômicos, políticos e especuladores em geral.
Parabéns, São Paulo!
retirado de http://apocalipsemotorizado.net/ em 21/02/08

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Punk

Para continuar a falar das coisas simples e diretas.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Sobre El Barrio

Direto da barriga do dragao, apenas a certeza de que nossas lutas e acoes para transformar aquilo que queremos devem ser na mesma proporcao - e ate mesmo maiores! - que a apatia e repressao que nos cercam. El Barrio eh um bom exemplo para entender o que estou querendo dizer. Fica no Harlem, ao norte de Manhatan, cidade de Nova York, ha mais de tres decadas um lugar interessante onde a populacao luta por uma vida melhor. Muita coisa mudou nesse tempo, menos o sonho e a esperanca de paz e dignidade! Dos Panteras Negras chegando ate os Zapatistas, entendemos que nao existem fronteiras para a construcao do caminho para um mundo diferente. O texto a seguir conta um pouco dessa historia (lamento por nao traduzi-lo), da vida de uma gente diversa, bonita e lutadora. Buscam transformar o mundo e a si mesmos, tanto numa combinacao de educacao e politica, como das relacoes interpessoais e a superacao de seus conflitos. Um lugar repleto de reflexoes e acoes sobre resistencia e mudancas.

El Otro Periodismo con La Otra Campaña en el Otro Lado

por RJ Macani

Inspirados en el Partido Pantera Negra y los Young Lords de Chicago, el Partido Young Lords de Nueva York lanzó una primera y sorprendente campaña en el verano de 1969, llamada la “Lucha Contra la Basura” (“The Garbage Offensive” en inglés). Fue diseñada con el fin de forzar al Departamento de Sanidad de Nueva York a recogiera con más frecuencia los desechos en el este de Harlem (un barrio comúnmente conocido como “Spanish Harlem” o simplemente “El Barrio” en español). La Lucha Contra la Basura ganó la confianza y respeto de los vecinos y cosechó visibilidad tanto local como nacional para el Partido Young Lords. Aunque sí siguieron el ejemplo de los programas comunitarios organizados por las Panteras Negras, los Young Lords de Nueva York no se imaginaban que iban a estar recogiendo basura cuando se pusieron a discutir la idea de formar una organización para mejorar las condiciones un su barrio, que era mayormente puertorriqueño en esa época. Pero antes de lanzar su primera campaña, visitaron a sus vecinos para averiguar qué era lo que mas querían cambiar. La Lucha Contra la Basura fue fruto de dicha diálogo, la voluntad del pueblo. Orgullosamente incluyente de sus vecinos latinos y negros, el componente principal de los Young Lords de Nueva York fue la comunidad nuyorican (puertorriqueños neoyorquinos), teniendo a la independencia de su patria Puerto Rico como su preocupación central.


Fotos: Movimiento por Justicia del Barrio
Treinta y cinco años después, más de 100 mil personas viven en El Barrio. La mitad de ellas son latinas. Nuevas olas de migración de todo el mundo y el aburguesamiento por parte de blancos le han cambiado la cara a esta zona. El español continua siendo el idioma extranjero más usado, pero ahora es seguido por el chino y otros asiáticos, además del árabe y varios de origen africano. Mientras la cara latina de El Barrio antes era principalmente representada en los ciudadanos nuyorican, ahora son cada vez más los migrantes de México y otros países – a muchos de los cuales les hace falta la ciudadanía norteamericana (o, de hecho cualquier documento) – que constituyen su población hispanohablante. Casi el 40 por ciento de los residentes de El Barrio viven en la pobreza. Es aquí, en este lugar y en este momento, que surge el Movimiento por Justicia del Barrio (MJB). El punto de referencia radical y de inspiración ya no es el Partido Pantera Negra, sino los zapatistas mexicanos y la iniciativa nacional de la que forman parte: La Otra Campaña.

El Movimiento por Justicia del Barrio

El MJB nació hace casi dos años, cuando residentes de El Barrio, entre ellos congregantes de la Iglesia de Santa Cecilia, ubicada en la Calle East 106, empezaron a organizarse para enfrentar los problemas que tenían con los propietarios de sus viviendas. Para apoyarlos en la atención a sus quejas, la iglesia contrató a Juan Haro, uno de los fundadores del grupo Amanecer Zapatista Unidos en la Lucha (AZUL), organización de migrantes inspirada por y en solidaridad con los zapatistas. Haro trabajaba con los residentes y exitosamente organizó acciones en contra de los propietarios para lograr sus demandas. Entonces, la iglesia concluyó su participación.

Ya contando con los residentes de cinco edificios de apartamentos, Haro y los fundadores decidieron formar el MJB como una organización comunitaria dirigida por inmigrantes, que lucharía por la justicia social y en contra de cualquier forma de opresión en El Barrio. Durante dos años, el MJB ha realizado giras mediáticas, acciones legales y protestas, así como acciones directas en contra de propietarios, agentes hipotecarios e instituciones municipales, para desafiar al injusto sistema de vivienda que existe en El Barrio. A través de este trabajo, el MJB ha alcanzado a tener 180 miembros en 16 edificios. En agosto de 2005, el MJB empezó a estudiar los movimientos sociales locales en todo el mundo para entender mejor su propia lucha en un contexto global e histórico. Los zapatistas y la Otra Campaña estaban entre las organizaciones estudiadas. A través de este proceso decidieron adherirse a la Sexta Declaración de la Selva Lacandona, y, como la mayoría de sus integrantes son mexicanos y mexicanas, el MJB decidió unirse también a la Otra Campaña. Y no lo hicieron silenciosamente…

Desde que se unieron a la Otra Campaña, han salido muchos reportajes positivos sobre el MJB en la televisión y la prensa, en inglés y en español, hablando de su constante trabajo en contra del aburguesamiento y encarecimiento que se vive en El Barrio. Produjeron un video, “Mensaje a los zapatistas”, que será traído a Ciudad Juárez para las reuniones fronterizas de la Otra Campaña con el Delegado Zero (el vocero zapatista subcomandante Marcos). El MJB organizó una protesta en frente del consulado mexicano en solidaridad con la gente de Atenco. Invitado por otro grupo adherente a la Sexta, Latinos Unidos en Acción, hizo una presentación sobre el zapatismo en la ciudad de New Haven, estado de Connecticut, en un foro comunitario para inmigrantes. Además, llevó a cabo otra presentación en Hartford, invitados por el grupo Latinos Contra la Guerra.

En julio de este año, el MJB lanzó su última iniciativa, un proceso de consulta extensa dentro de la comunidad, llamado “La Consulta del Barrio”. El MJB está listo para crecer, y, como verán, la Consulta está muy inspirada en la Otra Campaña. A través de reuniones comunitarias, diálogos, promoción en la calle, visitas a las casas, reuniones en los hogares y un voto de toda la comunidad, los miembros del MJB consultaron con sus vecinos de El Barrio para que determinaran la dirección de su lucha, y para decidir en torno a cuál problema, además del aburguesamiento, comenzarán a organizarse. Asistí a su primer foro público realizado en la Iglesia de Santa Cecilia, donde menos de dos años atrás, las quejas de unos pocos arrendatarios disgustados ayudaron sembrar las semillas del MJB

La Consulta del Barrio

El 23 de julio pasado, residentes de El Barrio entraron poco a poco en el sótano vacío de Santa Cecilia para la primera reunión pública de la Consulta. Recibieron agua embotellada, una fotocopia de una nota de El Diario NY (periódico en español de la ciudad) sobre el MJB, y copias de la Sexta para leer mientras esperaban a que comenzara del foro. Los niños fueron invitados a dibujar y a jugar. Cuando estaba llena la mitad de las 60 sillas, los organizadores dieron inicio a la reunión.

Alternándose, los y las integrantes del MJB presentaron a su organización y las razones de la Consulta. Uno de ellos resumió con humildad la importancia de la misma: “Somos una sola organización. ¿Cómo podemos tomar decisiones por todo El Barrio? Hemos aprendido que podemos luchar juntos, y que la propia gente puede luchar sin necesitar de un solo dirigente”. Terminaron la introducción explicando un poco quiénes son los zapatistas y por qué el MJB es adherente a la Sexta. Antes de pasar a una conversación más amplia sobre los problemas en El Barrio, enseñaron su video, titulado “Mensaje para los zapatistas”.

Con pequeños fragmentos de entrevistas a más de una docena de integrantes del MJB, el “Mensaje” es una expresión poderosa de sus perspectivas, creencias políticas, y objetivos, como inmigrantes mexicanos que luchan por la justicia en “el otro lado”. Pasando por diferentes temas y capturando, por igual, voces tanto de mujeres como de hombres, el video muestra sus puntos de vista sobre su salida de México; su opinión de los partidos políticos mexicanos; sus luchas en Nueva York con la vivienda, el trabajo, la inmigración y los servicios del consulado mexicano; su compromiso con igualdad de derechos para las mujeres y los gays, así las razones para unirse a la Otra Campaña. El video es una mordaz condenación del sistema político mexicano, la globalización neoliberal, y la opresión en los Estados Unidos. Describiendo la Otra Campaña como “el toque mágico para encontrar otro camino”, un integrante del MJB explicó que esta los inspiró para “luchar en Nueva York y exigir la justicia ya” mientras avanzan hacia un reto más grande: “liberar a México y volver”.

Nunca había visto una introducción mas clara y abierta. Se pasó entonces a una discusión de grupo sobre los siguientes pasos que debía dar el MJB. Después de una consulta interna de sus miembros, el MJB había generado una lista de los ocho problemas mas grandes en El Barrio, aparte del aburguesamiento: el acoso sexual de meseras, el maltrato en los hospitales, el mal servicio en el consulado mexicano, el abuso policiaco, los trabajos que pagan menos que el salario mínimo ($6.75 por hora), el alto costo del transporte público, la propuesta de reforma a las leyes migratorias federales, y el alto costo de enviar dinero a sus lugares de origen (de 4 a 5 dólares por un giro de $100), así como el maltrato que reciben por parte de las compañías de giros monetarios.

Casi todos los asistentes hablaron sobre los problemas de El Barrio y la posibilidad de organizarse para generar un cambio. Algunas personas pensaban que el MJB debería expandir su trabajo para organizarse más allá que la frontera del Este de Harlem, y otros pensaban que no deberían escoger sólo un problema sino intentar luchar frente a todos, simultáneamente. Al concluir el foro cada asistente llenó una balota con su nombre, número telefónico y dirección, marcando además los tres problemas que les gustaría que el MJB tratara. Antes de salir, los asistentes llevaron montones de volantes para repartir entres sus amigos, familiares y vecinos, con información sobre la ubicación y horarios de las urnas de votación públicas que el MJB estaba instalando en El Barrio como parte de la Consulta. Y para la gente que no podía asistir a un foro o ir a las urnas, los volantes incluían el teléfono del MJB para que las personas llamaran y dejara su información, con el fin de votar por teléfono.

La segunda fase…

La idea de la Consulta no era sólo generar conciencia y participar simbólicamente en la comunidad, sino también inspirar a más gente para que se involucre en la lucha. Después de un mes de actividad, la primera etapa de la Consulta del Barrio está completa, y 782 inmigrantes que viven allí emitieron sufragios. Los tres problemas en El Barrio que recibieron más votos fueron: 1) trabajos que pagan menos que el salario mínimo; 2) las nuevas leyes migratorias propuestas; y 3) el mal servicio que brinda el Consulado Mexicano.

La segunda fase de la Consulta del Barrio está a punto de empezar. Se llevaran a cabo diálogos comunitarios para discutir cada uno de estos tres problemas, empezando con el del mal servicio en el Consulado (que incluye tener que formarse en la fila durante toda la noche para ser atendido al día siguiente). El segundo diálogo se tratará sobre los trabajos que pagan menos que el salario mínimo, y el tercero sobre las leyes migratorias. Basándose en el nivel de interés de la comunidad mostrado en cada foro, el MJB decidirá a cuál problema, además del aburguesamiento, se le dará prioridad.

La lucha significa escuchar

En medio del ruido causado por el fraude electoral, ha sido más difícil en estos últimos meses oír el grito por la justicia que viene de la Otra Campaña de México. Hay dos dichos zapatistas que valen la pena recordar en estos tiempos: “caminamos, no corremos, porque vamos muy lejos”, y “caminamos preguntando”. Durante menos de un año, desde que se anunció la Otra Campaña en las montañas del Sureste Mexicano, esta se ha extendido desde las comunidades zapatistas en Chiapas, por los 31 estados (y el D.F.), atravesando la frontera hasta llegar a East Harlem.

La Otra Campaña crece, no al cautivar la opinión pública con publicidad escandalosa, sino escuchando y caminando. Como los Young Lords de los años pasados del Spanish Harlem, el Movimiento por Justicia del Barrio está dialogando con sus vecinos hoy y preparándose para los resultados sorprendentes del mañana. Ya sea peleando por la libertad de sus presos políticos en México o frenando la aburguesamiento de El Barrio de Nueva York, la Otra Campaña sigue caminando, escuchando y creciendo.

RJ Maccani reportó para el Otro Periodismo sobre las actividades de la Otra Campaña en el estado de Oaxaca, como integrante de la brigada “Ricardo Flores Magón”. Vive en Brooklyn, desde donde organiza el Colectivo Puericultura (Childcare Collective) de Nueva York, y mantiene un blog llamdo Zapagringo.

Se puede comunicar con el MJB directamente a: movimientoporjusticiadelbarrio[at]yahoo.com.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

na cinemateca

JACQUES DEMY
20 de fevereiro a 02 de março de 2008
A Cinemateca Brasileira, em parceria com a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, traz para São Paulo uma retrospectiva com as principais obras do cineasta francês Jacques Demy. O ciclo foi organizado pelo Ministério de Relações Exteriores do governo francês e tem viajado o mundo. Demy pertence à geração de diretores da Nouvelle Vague e com estes estabeleceu um intenso diálogo formal no início de sua carreira. Acabou afastando-se de seus contemporâneos ao manter-se fiel aos temas que o motivaram a fazer cinema, ainda na infância. Dono de um estilo inconfundível decalcado de sua fixação pela estrutura temática e visual do conto de fadas, Demy tem como principais influências cinematográficas o filme musical hollywoodiano e o cinema fantástico de Jean Cocteau e dos surrealistas. Seus filmes, aparentemente cheios de alegria, cores, música e romance, na verdade são parábolas sofisticadas e carregadas de pessimismo. Segundo o crítico Serge Toubiana, diretor da Cinemateca Francesa, a obra de Jacques Demy é única, coerente e violentamente passional. É tão sensível quanto uma canção e nos acolhe com alegria. Em seguida, sem avisar, nos leva a lugares sombrios onde são encenadas as paixões humanas.

CINEMATECA BRASILEIRA
Largo Senador Raul Cardoso, 207
próxima ao Metrô Vila Mariana
Outras informações: (11) 3512-6111 (ramal 215) / 3512-6101
Ingressos:R$ 8,00 (inteira) / R$ 4,00 (meia-entrada)
Atenção: Estudantes do Ensino Fundamental e Médio de Escolas Públicas têm direito à entrada gratuita mediante a apresentação da carteirinha.

PROGRAMAÇÃO
20.02 I QUARTA
SALA CINEMATECA / BNDES
19h00
Lola
21h00
A baía dos anjos

21.02 I QUINTA
SALA CINEMATECA / BNDES
19h00
Os guarda-chuvas do amor
21h00
Duas garotas românticas

22.02 I SEXTA
SALA CINEMATECA / BNDES
19h00
Pele de asno
21h00
Jacquot de Nantes

23.02 I SÁBADO
SALA CINEMATECA / BNDES
17h00
Pele de asno
19h00
Lola
21h00
A baía dos anjos

24.02 I DOMINGO
SALA CINEMATECA / BNDES
17h00
La naissance du jour
19h00
Os guarda-chuvas do amor
21h00
Duas garotas românticas

26.02 I TERÇA
SALA CINEMATECA/PETROBRAS
20h00
Jacquot de Nantes

27.02 I QUARTA
SALA CINEMATECA/PETROBRAS
19h00
Pele de asno
21h00
Duas garotas românticas

28.02 I QUINTA
SALA CINEMATECA/PETROBRAS
19h30
Os guarda-chuvas do amor

29.02 I SEXTA
SALA CINEMATECA/PETROBRAS
19h30
A baía dos anjos
21h30
Lola

01.03 I SÁBADO
SALA CINEMATECA/PETROBRAS
19h00
Os guarda-chuvas do amor
21h00
Duas garotas românticas

02.03 I DOMINGO
SALA CINEMATECA/PETROBRAS
17h00
Pele de asno
19h00
Lola
21h00
A baía dos anjos

FICHAS TÉCNICAS E SINOPSES
A baía dos anjos (La baie des anges), de Jacques Demy
França, 1962, 35mm, pb, 89
Jeanne Moreau, Claude Mann, Paul Guers, Henri Nassiet, Henri Certes
Legendas em português
Jackie é uma parisiense de meia idade que deixa seu marido e filhos para se aventurar no mundo das apostas em Nice. Jean é um modesto caixa de banco que, ao ser levado pela primeira vez a um cassino por um amigo, desperta para o vício ao descobrir que tem sorte no jogo. Quando Jackie ganha na roleta graças a um palpite de Jean, tem início um confuso relacionamento que mistura vício e desejo.

Duas garotas românticas (Les demoiselles de Rochefort), de Jacques Demy
França, 1966, 35mm, cor, 120
Catherine Deneuve, Françoise Dorléac, Danielle Darrieux, Jacques Perrin, Michel Piccoli, Gene Kelly
Exibição em DVD
Legendas em português
Segundo filme inteiramente musical de Jacques Demy em parceria com Michel Legrand. Delphine e Solange são duas irmãs gêmeas, de 25 anos, encantadoras e espirituosas. Delphine, a loira, dá aulas de dança e Solange, a ruiva, aulas de música. Elas vivem da música e sonham ir para Paris. Apesar da beleza e da irradiante alegria que as duas transmitem, ambas não têm sorte no amor e vivem na expectativa de um dia encontrar o grande amor de suas vidas caminhando pela rua. Indicado ao Oscar de melhor canção e trilha sonora.

Os guarda-chuvas do amor (Les parapluies de Cherbourg),
França, 1964, 35mm, cor, 91
Catherine Deneuve, Nino Castelnuovo, Anne Vernon, Marc Michel
Legendas em português
Geneviève Emery, cuja mãe possui um comércio de guarda-chuvas, é uma adolescente de 17 anos que se vê obrigada a decidir entre esperar por seu amor, um mecânico de 20 anos que foi servir ao exército na Argélia, ou se casar com um comerciante de diamantes, que se propõe a criar como se fosse seu o bebê que ela espera. Filme musical com trilha sonora original composta por Michel Legrand.

Jacquot de Nantes, de Agnès Varda
França, 1991, 35mm, cor e pb, 118
Philippe Maron, Edouard Joubeaud, Laurent Monnier, Brigitte De Villepoix, Daniel Dublet
Legendas em português
A cineasta Agnès Varda, com quem Demy foi casado por mais de trinta anos, nos apresenta a infância do diretor de Os guarda-chuvas do amor como um conto de fadas. Segunda ela, no filme podemos ver as fontes de sua imaginação, de suas emoções, seu descobrimento da cor e das canções que inspiraram filmes musicais e de grande colorido.

Lola, de Jacques Demy
França, 1960, 35mm, pb, 85
Anouk Aimée, Marc Michel, Elina Labourdette
Legendas em português
Lola é uma dançarina de cabaré que espera pelo retorno de Michel, namorado que há sete anos foi para a América e é pai de seu filho. Ele prometeu voltar somente quando estivesse rico. Durante sua ausência, Lola é cortejada por Roland, seu amigo de infância, e pelo marinheiro americano Frankie. Um musical sem música, na definição do diretor, o primeiro longa-metragem de Jacques Demy é dedicado ao cineasta Max Ophüls.

La naissance du jour, de Jacques Demy
França, 1980, 16mm, cor, 90
Danièle Delorme, Dominique Sanda, Jean Sorel
Versão original sem legendas
Produção para TV, baseada em um romance autobiográfico de Colette. Escritora de meia idade desperta a paixão em um rapaz. Ela renuncia a este amor e empurra o rapaz para os braços da jovem Hélène.

Pele de asno (Peau dâne), de Jacques Demy
França, 1970, 35mm, cor, 89
Catherine Deneuve, Jean Marais, Jacques Perrin, Micheline Presle, Delphine Seyrig
Legendas em português
Num reino distante, a rainha em seu leito de morte faz o rei prometer que só se casará novamente com uma mulher mais linda do que ela. Mas, em todo o reino, apenas uma pessoa é dotada de tal beleza: sua própria filha. Desesperada, a princesa consegue escapar ao seu triste destino escondida sob uma pele de asno e passa a viver numa modesta cabana na floresta. Baseado no conto de fadas de Charles Perrault. Neste filme, inspirado por Jean Cocteau, Demy mais uma vez conta com a colaboração de Michel Legrand na trilha sonora.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sem arrependimentos.

Apenas pensando em casa e aceitando o sentimento simples, tranquilo e calmo, e claro, dando conta de algumas mudancas no tempo. Ainda lembro de quando ouvi esse samba bela primeira vez - andando pelas rodas de samba paulistanas, investindo em meus primeiros passos depois de anos perdido pelo punk rock...rs Na verdade, o punk e o samba as vezes nao me parecem tao contrastantes assim, afinal tanto um quanto o outro, precisam ser sem enrolacao, simples e honestos para serem bons. Porem, confesso que ultimamente o samba tem tomado conta da trilha sonora da minha vida e a unica coisa que posso fazer eh assumir isso com todo cuidado e sobriedade. Bom, ai esta o poeta Paulinho da Viola para nao me deixar enganar. Um dia o Preto Velho me disse, que a nossa casa eh onde o coracao se encontra. E nao serei eu a discordar!

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Mulla!

Quem nunca ouviu venha ver! Nasrudin eh lindo, mesmo que muita gente ainda questione sua existencia. Isso nao importa. Ele eh a propria provocacao, a espiritualidade boa, a re-ligare honesta, a sabedoria, o riso e o deleite. Entao, duas historias sobre ele e no fim o site de onde as retirei e que podem ser encontradas muito mais, assim como um bocado de poesia sufi.

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Em dada ocasião, um rei chamou Nasrudin para se consolar:
- Ah, Mullá, estou triste. Meu povo anda mentindo demais, não sei mais o que fazer. O que posso fazer quando o povo me falta com a verdade.
- Acontece, rei - respondeu Nasrudin - que nem sempre é fácil diferenciar a verdade da mentira.
- Mas é claro que é, Mullá - retrucou o rei - a verdade impele ao bem, enquanto a mentira só visa enganar...
- Essa é a teoria, mas é preciso que todos saibam na prática o que é mentira e o que é verdade...
Assim Nasrudin combinou com o rei e com o carrasco da corte que na manhã seguinte todos os cidadãos iriam ser levados para fora dos muros da cidade e antes de entrarem o carrasco deveria perguntar o que queriam fazer na cidade, os que mentissem, seriam enforcados em praça pública.
E assim foi. Na manhã seguinte estavam todos os cidadãos em frente ao portal da cidade e o capataz falou:
- Todos os que desejam entrar na cidade devem me dizer o motivo, aqueles que mentirem serão enforcados.
- Eu serei o primeiro - disse Nasrudin, e se encaminhou na direção do carrasco.
- Por que quer entrar na cidade? - perguntou.
- Eu estou indo ser enforcado naquela forca - e apontou para a praça.
- Isso é uma mentira, Mullá!!! - disse o carrasco.
- Se estou mentindo, então me enforque, oras!

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Em dada ocasião, Nasrudin chegou em uma casa de banhos, mas como estava com uma roupa velha e a barba cheia de falhas, o atendente o tomou como um vagabundo qualquer. Por isso, tudo que forneceu ao Mullá, foi uma tina de água fria e uma toalha velha.
Antes de ir embora, Nasrudin se dirigiu ao atendente afim de pagá-lo. O Mullá pagou com uma grande e brilhante moeda de ouro, que fez com que o queixo do homem caísse.
Dali uma semana Nasrudin voltou a casa de banhos, e embora ainda usasse andrajos, o atendente o recepcionou incrivelmente bem e lhe ofereceu seus melhores serviços. Antes de ir embora, o Mullá foi pagar o homem, mas desta vez lhe deu uma diminuta e opaca moeda de cobre:
-Mas o que é isso? - perguntou o atendente.
-Essa moeda de cobre é pelo atendimento da semana passada, e aquela moeda de ouro foi pelo atendimento de hoje.

fim

retirados de
http://www.sertaodoperi.com.br/poesiasufi/poesia/rumi_colet.htm

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

breaker x nazi

Cena fantastica do filme Status Yo! Hip Hop contra os maleficios do neonazi. Fiquem atentos as atividades anti-fascistas que se iniciam essa semana em Sao Paulo. www.midiaindependente.org Mais adiante colocarei outras informacoes sobre esse assunto aqui, principalmente sobre o que anda acontecendo nos Estados Unidos e Europa.
Para comecar:
Apresentação de trabalho acadêmico da área de Antropologia, seguido de debate.
Excelente iniciativa para o Fevereiro Anti-Facista.
"NEONAZISMO NO BRASIL: MAPEANDO O PERIGO E AS DEFESAS POSSÍVEIS" Debatedora: PROFª. ADRIANA DIAS, MESTRE EM ANTROPOLOGIA SOCIAL DA UNICAMP Eixo temático:
Como surgiu o neonazismo no Brasil?
Em que regiões se concentram e como atuam no território brasileiro?
Como eles se comunicam?
Como identificá-los?
Uma temática de extrema importância nos nossos dias, abrindo o ciclo de palestras de "Direitos Humanos 2008" da Entidade de Direitos Humanos B´Nei B´rith
DIA 19 DE FEVEREIRO DE 2008,
TERÇA-FEIRA ÀS 20H30
R. CAÇAPAVA, 105 4º ANDAR

sábado, 9 de fevereiro de 2008

O colapso da civilizacao.

Devido a passagem do escritor John Zerzan pelo Brasil, aproveito para divulgar algumas de suas ideias, que concordando ou nao, sao bem interessantes. Zerzan tambem inspirou um outro documentario chamado "Surplus", um pouco mais conhecido no Brasil, que trata de sociedade de consumo. Figura polemica mesmo entre os mais radicais, Zerzan eh o precursor do que ficou conhecido como Primitivismo Anarquista e possui inumeros livros sobre esse tema. Defendendo ideias nada tranquilas como a legitimacao do uso da violencia contra o capitalismo, assim como a propria redefinicao do que seja violencia, ele vem a muitos anos inspirando individuos e grupos a uma mudanca de habito profunda e significativa. O "Black Block" em suas - igualmente polemicas - acoes atribuia muito de sua "destruicao/desconstrucao" a Zerzan. O video abaixo tambem contem pensamentos de escritores como Daniel Quinn, Fritjof Capra, Humberto Maturana e outros. Yu Koyo Peya eh um documentário / montagem de Tyler Kimble sobre colapso da civilização, legendado em português, com a participação de John Zerzan.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Eu sai cedo de casa

Estava exitando se deveria escrever isso mesmo. Que mal pode haver? 1 ano longe de "casa".
1 ano distante de muitas coisas. Nao sei bem sobre o que poderia dizer a esse respeito. Descrever lugares e pessoas que vi e conheci apenas demandaria tempo, mas o que preciso dizer eh diferente. Talvez tenha haver com estados da alma e condicoes do coracao que foram mudando no decorrer desse tempo.
Pensei que com o tempo a saudade fosse se acomodando, calando um pouco, ocupando menos espaco. Impossivel! E tenho certeza que nunca sera menor. Ela vai se alastrando como fogo no campo seco. Vai se desdobrando em sabores e cores nunca antes imaginadas. As vezes alguem me pergunta como eh ir para tao longe e andar por lugares tao diferentes. Dizem que um dia farao algo assim, ou que gostariam muito, mas nao podem. Pensam que o mais dificil esta na partida. Adimito que ir nao eh algo simples, mas nao eh metade do que pode aparecer depois. Com o tempo o que parece ser dificil mesmo eh voltar.
Houveram momentos que achei estar indo longe demais. Que o caminho estava se extendendo a tal ponto que iria perder o rumo, e como voces bem ja ouviram, para quem nao sabe onde ir, qualquer caminho serve. Entretanto isso nao parece ser o caso. No meio do caminho voce precisa de um certo desencanto. Voce precisa aceitar isso e precisa tambem a aprender a conviver com isso. Nao um desencantamento cheio de desespero, mas com solitude e alegria. Sozinho sim, porque muitas e muitas vezes nao havera ninguem para te ouvir. As pessoas de outros lugares nao podem entender o que eh saudade da SUA familia, dos SEUS amigos, do pao na chapa na padaria da esquina, do pastel com caldo de cana, do acai na tigela, da cerveja em alguma calcada do centro, da gente que se abraca e beija o tempo todo, do axe no terreiro, do samba, da vadiacao, do samba, e do samba!
Quando voce caminha pra bem longe do habitual voce tem que estranhar mais. Ser estrangeiro eh algo rapido e que nao demanda tempo.Voce apenas chega no lugar e observa, conversa, tenta entender. E alguem ja disse que a estrada ama o caminhante, ajuda, acolhe e protege o tanto que pode, mas voce precisa saber disso, tem que aceitar isso. As vezes vai precisar chorar. Eu ainda nao chorei o suficiente e quando, e se acontecer, sera a certeza de voltar. Ou terei que aprender outras coisas. Apesar de nao fazer muito isso (ainda!) a vontade eh o que nao me falta... Chorar de saudade. Nao como uma crianca, mas como alguem longe de muitas coisas que fazem viver melhor. As vezes eu quero chorar pela miseria do mundo. Chorar pelas guerras, pelos refugiados, pelos imigrantes. Pessoas obrigadas a partirem por razoes politicas, religiosas ou economicas, nao importa. Chorar pela pobreza excessiva. Chorar pela riqueza material de uns poucos, assim como pela sua miseria espiritual. Chorar pela falta de uma cama. Por coisas simples e fundamentais. Chorar pela falta de arte. Chorar com aqueles que perderam pessoas e coisas importantes enquanto atravessavam alguma fronteira, um deserto, um mar. Chorar pela desesperanca e pela apatia. Chorar por ainda existirem tantos exercitos e prisoes. Chorar por ainda existirem Estados, igrejas e templos de mentira. Chorar mais pelas fronteiras e nacoes. Chorar por fazer sofrer quem apenas tentou me amar. Chorar por minha vaidade e minha prepotencia. Chorar pelas mentiras que contei a mim mesmo. Chorar pelo sangue e pelo suor derramado sem necessidade. Acho que por isso precisamos saber desencantar. E isso eh diferente de continuar a sonhar. Sonhar o impossivel eh bom! As vezes nao entendo como tantas pessoas podem continuar a viver sem sonhar. Apesar de tanta dor esse mundo tem um valor estranho e especial.
Nossa vida esta repleta de momentos para aprender o bom combate. Sabe essa coisa de nao desistir? De lutar mesmo sabendo que nao ha muita chance de vitoria? E ai eh que esta! Ja leu "O Velho e o mar", ou "Musashi" ou "Q - o cacador de hereges"? Tem que ler! Historias contadas sobre pessoas queprecisaram ir. Sao tempos de luta. Pude encontrar criaturas assim, que inspiram, que sonham. Quando voce passa tanto tempo longe de casa aprende a viver melhor o tempo de hoje. Descobre que apesar das voltas que o mundo da, o que vale mesmo eh o seu tempo presente.Vai experimentando a impermanencia de todas as coisas.Vai descobrindo mesmo que o que conta sao suas atitudes, muito mais que suas intencoes. Ta bom, sabemos disso, mas eh outra coisa sentir isso indo fundo na alma! Ja me disseram que estou um pouco mais velho, com uma certa tristeza, mas mesmo assim eu tive sorte. Sorte por poder subir o Monte Fuji e ver o sol nascer dos seus mais de 3300 metros. Por sentar e meditar com budistas, muculmanos, cristaos, judeus e xamas dos quatro cantos do mundo. Muita sorte por amigos ingleses, alemaes, estadunidenses, franceses e italianos lutarem contra fronteiras. Feliz por beber uma cerveja com velhos e jovens anarquistas em Barcelona e Madrid. Muita sorte pelo jazz de New York, pela rumba da catalunya, pelo taiko japones, pela musica cigana do leste europeu, pelo folk canadense e pelos tambores indigenas do norte dos Estados Unidos. Feliz pela comida da Etiopia, India e Tailandia. Coisas que me fizeram crescer.
Apesar do esforco e da dor inevitavel no crescimento tem uma coisa que nao da para nao considerar: voce passa a contar mais consigo mesmo.Quando somos demasiado jovens ficamos tristes por ver que poucas pessoas a nossa volta sao capazes de nos entender e aceitar. Quando crescemos (e isso nada tem haver com a idade cronologica) nos damos conta que ainda sao poucas as pessoas que nos entendem e aceitam, mas voce nao se importa mais tanto com isso. Sei que o melhor a fazer eh lidar com isso sozinho e descobri que meus amigos pra vale vao me desculpar sempre que necessario e me ajudar. Familia eh mais que laco sanguinio, eh como dizem muitas vezes los chicanos, sobre la raza!
Temos mesmo que tentar nao julgar os outros pelas suas acoes. Podemos nao saber de toda historia. Justica eh algo dificil. Como disse, diminuir o espaco que separa nossas intencoes de nossos atos. Isso hoje para mim nao eh um dever, mas uma chance para algo melhor. Muitos Mestres ainda me acompanham. A integridade de meus pais, a humildade e paciencia de meu mestre angoleiro Plinio, a sabedoria de minha avo, a inteligencia de meu ex-orientador e amigo Ciampa, assim como os amigos da Puc, o ritmo de meus irmaos e irmas angoleiros, a nao-violencia dos parceiros da Palas, o povo do samba e de santo, a rebeliao e a luta ativista, a anarquia, a macumba, Dhamma, os amores do passado, o amor do presente, mulheres, homens e criancas que me mostraram algo importante sem se daram conta disso.
Entao, um brinde a vida amig@s! Nao sei mais o que poderia oferecer e dizer. Nos encontramos em breve, afinal a relatividade do tempo eh enorme. Obrigado. Que haja paz! Que haja felicidade! Salud! Ale

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Musicalidade africana

Como prometido, a pesquisa sobre a Etiopia continua. Bom, na verdade nao ha muito o que dizer sobre o rapaz ai, ja que nao consegui encontrar nada sobre sua vida. O fato eh que Derb Zenebe Yematbela Wef eh bom e vi algumas fotos dele junto a militantes de direitos humanos no Sudao e claro, na Etiopia.
Por enquanto eh isso e se alguem descobrir alguma coisa mais sobre ele, por favor me diga.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

for fun

207 pessoas imoveis na Grand Central Station em New York. Apenas isso e nada mais.

http://www.koreus.com/video/gare-grand-central-207-personnes-immobiles.html

domingo, 3 de fevereiro de 2008

Magia e Anarquia

Para quem nao conhece a Casa da Lagartixa Preta essa tambem eh uma otima oportunidade. O coletivo Ativismo ABC vem nos ultimos anos desenvolvendo acoes e debates com grande honestidade e profundidade de natureza autonoma e libertaria. Sem duvida um dos espacos mais vivos e interessantes na grande Sao Paulo. Nao deixem de conhecer! http://www.ativismoabc.cjb.net/ e calendario de atividades http://ativismoabc.guardachuva.org/
Debate "Magia e Anarquia"

Propomos esse debate a fim de firmar e integrar experiências variadas no campo da anarquia verde, da pedagogia libertária, da gratuidade e da questão do simbólico e da representação, que parecem convergir para uma "nova" concepção de anarquia.
O estudo da vida secreta e livre das plantas, cuja “ânima” é confirmada inclusive por experimentos científicos e elétro-magnéticos; o estudo da liberdade da relação entre corpo, mente e mundo na pedagogia libertária, com seus efeitos diretos de transformação não apenas ilusórias mas reais; a crítica ao simbólico (e ao poder) como "representação", buscando uma alternativa que troque o "representante" pelo "presente", com as teorias anti-utilitaristas da "dádiva" bem como os estudos sobre xamanismo e a "sociedade contra o Estado"... Todas essas perspectivas parecem concentrar algum sentido comum, ou gerar desvios interessantes.É com base nisso que propomos esse debate.
O Ativismo ABC apresentará uma visão sobre livros "A Criança Mágica" e "A Vida Secreta das Plantas" e sobre teorias da dádiva.Contaremos com alguns convidados que também apresentarão suas visões e poéticas sobre esses assuntos.Por ora, já é certa a presença do filósofo norte-americano John Zerzan. Estamos aguardando a confirmação de outro convidado latino-americano.Cada apresentador terá por volta de 20 minutos para fazer sua fala, depois das quais o debate será aberto a todos os presentes.

CONVIDAMOS VOCÊ TAMBÉM PARA PARTICIPAR! A ENTRADA É GRATUITA!
Sábado, 9/2/2008, abertura às 16h.
(Esperamos fazer mais debates dentro de temas conexos, abrindo para novas possibilidades, sempre misturando debatedores de nosso coletivo com convidados de fora.)
Casa da Lagartixa Preta "Malagueña Salerosa"R. Alcides de Queirós, 161 - Bairro Casa Branca, Santo André (SP).Travessa da Av. Arthur de Queirós.A doze minutos da Estação Santo André (você chega na Estação via trem, ônibus ou tróleibus e segue à pé pela Av. General Glicério até a Av. Arthur de Queirós)

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Criancas veem, criancas fazem

A Associacao Nacional para Prevencao da Negligencia e Abuso Infantil (NAPCAN em ingles) funciona na Australia e desenvolve uma campanha bem legal intitulada "Child Friendly". Ha alguns anos eles vem trabalhando principalmente pela mudanca de comportamento com relacao a infancia. Suas campanhas sao repletas de informacao para a abolicao total da violencia contra a crianca, seja ela de natureza economica, politica, social, psicologica ou fisica. Suas acoes vao desde apoio direto as criancas e familias que vivenciaram ou experimentam algumas dessas formas de violencia, ate acoes para mudancas e criacao de melhores politicas publicas nessa area.
"Criancas veem, criancas fazem" foi o primeiro video para uma campanha que pretende incentivar comportamento positivo entre adultos, assim como uma nova consciencia mais que necessaria para melhorar a relacao com todas as criancas de nosso mundo, pricipalmente as que estao em nossa volta. http://www.childfriendly.org.au