segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

sobre o amor, o desamor e outras bobagens

PS. Que fala do amor, do desamor e de outras bobagens.
Tonita veio se exibir com sua nova xícara de chá. Sem anestesia, vai logo soltando que...
- O amor é como uma xícara de chá que cada dia cai no chão e quebra em pedaços; de madrugada juntamos os pedaços e, com um pouco de umidade e calor, colamos, e a xícara passa a existir de novo. Quem está apaixonado passa a vida receando a chegada do dia terrível em que a xícara ficará tão quebrada que não será mais possível uni-la.
Vai embora assim como veio, reiterando sua recusa a um beijo que, agora mais do que antes, “arranha muito”.
- O amor não é mais que uma balança complicada – Diz Durito – De um lado ficam as coisas boas e, do outro, as ruins. O amor será tão longo quanto o tempo em que uma balança boa supere a balança ruim. Quem ama passa a vida acumulando pesos e cuidados na balança boa. Presta tanta atenção nesse peso que se esquece da balança ruim.Nunca entenderá como um peso, que apenas seria uma pluma de suspiro, pôde desequilibrar a balança de forma contundente, definitiva, irremediável...
Fiquei pensando e fumando. A lua era uma unha nacarada, uma vela inchada de luz no barco da noite. Assomou o seu gume na cúspide da montanha e depois se lançou com tal força que seu passo maltratou não poucas estrelas.

Tudo bem de novo. Feliz ano, oxalá que agora sim seja novo.


Subcomandante insurgente Marcos
23 de dezembro de 1995

Um comentário:

Anônimo disse...

Então vem
Sorri porque nós dois
Estamos só de passagem
Pelas cidades desse mundo
Então vem
Vem e me ama
Por uns momentos profundos

E o resto?
Bobagens, meu filho, bobagens

Bobagens, meu filho, bobagens
Tolices, criancices

(Caetano, o cafona)