
sábado, 28 de fevereiro de 2009
IV Intercultural na Comuna Irmã Alberta

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
As três flores da esperança

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009
A arte de Eric Drooker







quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009
sábado, 21 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009
"Tô sentado na beira do rio esperando a sujeira passar".*
*o título é um refrão de uma canção da banda Eddie.
quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009
Carnaval II

Por Celso Lungaretti
Uma genuína explosão de vida se tornou ritual de repetição. E o povo se conformou em não inventar mais seus festejos nem improvisar seus itinerários, recebendo como contrapartida lugares confortáveis nas arquibancadas dos sambódromos e o direito à licenciosidade em salões sufocantes.
A origem do carnaval perde-se na poeira dos tempos. Há quem tente remontá-la ao culto agrário praticado por povos que existiram 10 mil anos antes de Cristo: homens e mulheres mascarados, com corpos pintados e cobertos de peles ou plumas, saíam em bandos e invadiam as casas, fazendo terríveis algazarras.
Outros autores lembram as festas alegres do paganismo, como a de Ísis e a do Boi Ápis, entre os egípcios, e as bacanais, lupercais e saturnais dos romanos.
Suetônio, historiador da Roma antiga, refere-se às saturnais como ?desenfreada libertinagem, cínica palhaçada?. E diz que, durante esse período ?todos pareciam enlouquecer?. Armavam-se grandes mesas à frente das casas para senhores e escravos comerem à vontade, sem distinções. E os escravos tinham o direito de dizer verdades a seus donos, ridicularizá-los, fazer o que quisessem.
A componente libidinosa do carnaval é inegável em todos os textos antigos. Sabe-se, p. ex., que o termo carnaval deriva do latim carrum novalis, deignação de um tipo de carro alegórico da Grécia e Roma antigas. Dezenas de pessoas mascaradas caminhavam a seu lado e ele trazia no bojo ?mulheres nuas e homens que cantavam canções impudicas?.
A Idade Média, com a rígida tutela religiosa sobre a vida social, não poderia trazer acréscimos significativos ao carnaval. Mas, pelo menos, não conseguiu extinguir esses festejos, que continuaram existindo como um contraponto à monótona existência dos feudos.
Contam alguns textos, inclusive, que os padres, depois de pregarem em vão contra o carnaval, acabavam convidando os fiéis a concentrarem as comemorações na praça da igreja, para que tal logradouro não ficasse desvalorizado...
A Renascença viria libertar os europeus da sensação de culpa que a religião procurava insistentemente associar ao prazer e à alegria. Os distantes e etéreos paraísos prometidos nos púlpitos, bem como as dantescas descrições do inferno que esperava os pecadores, tornaram-se insuficientes para afastar o povo da folia. A grande festa pagã renascia em todo o seu esplendor.
O medonho entrudo português ? Para nós interessa, sobretudo, o carnaval português, conhecido como entrudo. Até fins do século 19, o nosso carnaval teria as mesmas características do ?medonho entrudo português, porco e brutal?, a que se refere uma historiadora, assim descrevendo-o: ?pelas ruas de Lisboa, generalizava-se uma verdadeira luta em que as armas eram os ovos de gema, ou suas cascas contendo farinha ou gesso, cartuchos de pó de goma, cabaças de cera com águas de cheiro, tremoços, tubos de vidro ou de cartão para soprar com violência, milho e feijão que se despejam aos alqueires sobre as cabeças dos transeuntes...?
A pesquisadora Eneida, em sua História do Carnaval Carioca, relaciona diversos casos para comprovar que, a exemplo do que ocorria na Roma de Suetônio, o carnaval aqui também se constituía no único período em que os escravos desfrutavam de uma certa liberdade. E conclui: ?Parece que uma das características do carnaval é dar aos escravos de qualquer época o direito de criticar e zombar de seus senhores?.
Os limites da democracia, entretanto, sempre foram muito exíguos no Brasil, então houve também medidas caracteristicamente discricionárias. Em 1857, o chefe de polícia do Rio de Janeiro lançou um edital proibindo ?o jogo do entrudo dentro do município. Qualquer pessoa que o jogar incorrerá na pena de 4$ a 12$ e não tendo com que satisfazer, sofrerá oito dias de cadeia, caso o seu senhor não o mande castigar no calabouço com cem açoites?. Ou seja, multa para os brancos proprietários, xilindró e chicotadas para os escravos. A relatividade vem de longe...
A agressividade igualmente se evidencia em todos os textos da época. Sabe-se, p. ex., que o único objeto de divertimento do carnaval brasileiro era o limão de cheiro, uma imitação de laranja, com invólucro de cera e água fétida por dentro.
O pintor e engenheiro Jean-Baptiste Debret, que aqui veio com a Missão Artística Francesa em 1818, ficou estarrecido com a selvageria explícita: ?Vi jovens negociantes ingleses passearem, com orgulho e arrogância, acompanhados por um negro vendedor de limões cujo tabuleiro esvaziavam pouco a pouco, jogando os limões às ventas de pessoas que nem sequer conheciam?.
Episódios deste tipo o marcaram tanto que um de seus desenhos mais famosos, Cena de Carnaval, mostra uma negra atacada na rua por um crioulo de cartola, que lhe esfrega no rosto um bocado de goma, enquanto o outro negro ensopa o primeiro com água de uma longa seringa.
Apenas no final daquele século a agressividade foi se atenuando e as bisnagas passaram a conter, ao invés de água suja, líquidos menos repugnantes, como vinagre, groselha e vinho; idem os limões de cheiro, cujas águas fétidas e até urina foram trocadas por inofensivos perfumes.
Zé Pereira! Bum, bum, bum! ? O personagem mais característico do carnaval brasileiro surgiu em meados do século 19 e logo se tornou uma instituição popular. Trata-se do Zé Pereira, calcado na figura do sapateiro José Nogueira de Azevedo Pereira.
Português de nascimento, ele um dia entretinha-se com outros patrícios, recordando as romarias, estúrdias e estrondos da pátria distante. A saudade era tanta que eles resolveram sair à rua, ao som de zabumbas e tambores alugados às pressas, para fazer uma passeata pela cidade.
Foi um enorme sucesso, logo copiado por dezenas de grupos semelhantes, fazendo com que o Zé Pereira se transformasse num personagem mística, identificado com o próprio carnaval (?E viva o Zé Pereira/ Pois que a ninguém faz mal/ E viva a bebedeira/ Nos dias de carnaval?).
Para a historiadora Eneida, o Zé Pereira ?foi essencialmente o carnaval do pobre. Tão fácil, no meio da miséria reinante, sair à rua com bumbos e tambores, uma camisa qualquer, uma calça de qualquer espécie e fazer barulho, alegrar com um ritmo efusivo as ruas e os bairros!?.
Seu desaparecimento, no começo do século passado, é indício de que o carnaval perdia espontaneidade, tornando-se festa opulenta e regulamentada, sem espaço para os improvisos populares.
Mas, a alma do Zé Pereira sobrevive nos blocos dos sujos, que insistem em se formar sem ensaios e mensalidades, para existir num momento e viver intensamente esse momento, na melhor tradição do carnaval.
Samba e umbigada ? Até o início do século passado samba e carnaval tiveram trajetórias distintas, que foram convergindo no sentido de uma perfeita complementação.
O samba remonta à chegada no Brasil de escravos negros, que logo foram introduzindo seus ritmos, danças, cantigas, costumes e crenças. Assim, após o trabalho exaustivo (ou nos raros dias de folga), eles dançavam e batucavam com seus instrumentos rudes, nos terrenos das fazendas, engenhos e canaviais. Alegria sofrida, ritmo de quem esforçava-se por esquecer a tristeza, as privações e os maus tratos.
O batuque tipicamente africano foi caindo em desuso com o desaparecimento dos nativos daquele continente. Uma variação abrasileirada espalhou-se por todo o País, já com a denominação de samba. E, na zona rural, o encontro de culturas deu origem a uma derivação pitoresca, os chamados sambas sertanejos, em que homens e mulheres participavam da roda cantando em coro, ao som de instrumentos de percussão e da viola de arame.
Segundo um cronista da época, ?os dançadores formam roda e, ao compasso de uma viola, move-se o dançador do centro, avança e bate com a barriga de outro da roda, uma pessoa de outro sexo. Não se pode imaginar uma dança mais lasciva do que esta, razão por que tem muitos inimigos, principalmente entre os padres?.
Lenço no pescoço ? A fase heróica do samba foi a da pernada carioca, diversão a que se entregavam os remanescentes dos inúmeros grupos de capoeiristas existentes no Rio de Janeiro em fins do século 19.
Tratava-se de uma batucada braba, na base da pernada e cabeçada, regada com doses cavalares de cachaça (?Samba de negro/ Não se pode frequentá/ Só tem cachaça/ Pra gente se embriagá?).
Os conflitos eram corriqueiros e a presença da polícia, também, dando origem a verdadeiras batalhas campais, em que instrumentos musicais serviam como armas e algumas cabeças acabavam sempre rachadas (?Tava num samba/ Lá no Sarguero/ Veio a polícia/ Me jogou no tintureiro?).
O samba era tido como coisa de pretos, malandros e marginais. A posse de um violão ou qualquer outro instrumento de samba bastava como prova de que o indivíduo era vadio e merecia ser preso. E a brutalidade da polícia tinha resposta à altura por parte dos bambas. Mortes ocorriam de lado a lado.
Foi a época do tipo celebrizado por Wilson Batista, com seu andar gingado, chapéu tombado, olhar dormente, fala cheia de gírias, lenço de seda no pescoço (para proteger-se das navalhadas), camisa listrada, calças largas (boca-de-sino) ou balão (bombacha) caídas sobre os sapatos de bico fino com salto carrapeta (mais tarde, tamancos) e, evidentemente, a inseparável navalha.
Os versos do sambista da Lapa o descreve admiravelmente: ?Meu chapéu de lado/ Tamanco arrastando/ Lenço no pescoço/ Navalha no bolso/ Eu passo gingando/ Provoco desafio/ Eu tenho orgulho de ser vadio?.
Trata-se de uma figura que, como o verdadeiro carnaval, sairia de cena entre as décadas de 1930 e 1940.
O Pinto e os índios ? O carnaval era uma pedra no sapato dos autoritários de todos os matizes. Os chefes de polícia, desde meados do século 19, lançaram uma interminável série de editais, ora proibindo, ora regulamentando os festejos.
No carnaval carioca de 1888, entre as muitas determinações draconianas, figurava a de que, ?sem a autorização do Chefe de Polícia, não podem aparecer críticas, principalmente ao Governo?.
Episódios anedóticos ocorreram aos montes. Um delegado carioca chamado Alfredo Pinto, p. ex., notabilizou-se pela perseguição aos foliões. Em 1909, tentou proibir as passeatas e o Zé Pereira, sendo obrigado a voltar atrás por causa dos protestos da população e da imprensa.
Furioso, voltou à carga proibindo as fantasias de índio, sob a alegação de que os tacapes poderiam ser utilizados como armas. Os blocos contra-atacaram com refrões provocativos que difundiram por toda a cidade, tipo ?Eu vou beber/ Eu vou me embriagar/ Eu vou sair de índio/ Pra polícia me pegar?. Em outros, houve até alusões picarescas ao sobrenome do delegado...
Domesticação e turistização ? Nem a polícia do terrível Filinto Müller, durante a ditadura getulista, conseguiu pôr fim aos festejos de Momo. De repente, entretanto, o povo perdeu seu carnaval, que virou um próspero negócio para as escolas de samba e foi alçado a item prioritário da promoção do turismo.
Comemorações rigorosamente planejadas substituíram as iniciativas espontâneas do povão. Os foliões se tornaram passivos espectadores dos suntuosos e multicoloridos desfiles. Sambistas passaram a competir encarniçadamente por classificações espúrias.
Enfim, a festa do congraçamento cedeu lugar à disputa calculista. O que a polícia não conseguiu com seus cassetetes, conseguiram os negociantes com seus talões de cheque.
Como explicar essa transição negativa? Dizer que, com a industrialização, fecharam-se os espaços para a desordem remanescente da sociedade rural? Que o carnaval morreu ao se institucionalizar? Que nosso povo já não tem humor nem revolta? Explicações podem ser alinhavadas às dezenas. Mas, nenhuma servirá como consolo.
O certo é que uma genuína explosão de vida se tornou ritual de repetição. E o povo se conformou em não inventar mais seus festejos nem improvisar seus itinerários, recebendo como contrapartida lugares confortáveis nas arquibancadas dos sambódromos e o direito à licenciosidade em salões sufocantes.
Enfim, foi expulso das ruas e não se dispõe mais a lutar mais por elas.
Email:: naufrago-da-utopia@uol.com.br
URL:: http://naufrago-da-utopia.blogspot.com/
terça-feira, 17 de fevereiro de 2009
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
domingo, 15 de fevereiro de 2009
Carnaval

sábado, 14 de fevereiro de 2009
Wendo

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009
quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009
Dos trampos e outros conflitos

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009
sobre o amor, o desamor e outras bobagens

Tonita veio se exibir com sua nova xícara de chá. Sem anestesia, vai logo soltando que...
- O amor é como uma xícara de chá que cada dia cai no chão e quebra em pedaços; de madrugada juntamos os pedaços e, com um pouco de umidade e calor, colamos, e a xícara passa a existir de novo. Quem está apaixonado passa a vida receando a chegada do dia terrível em que a xícara ficará tão quebrada que não será mais possível uni-la.
Vai embora assim como veio, reiterando sua recusa a um beijo que, agora mais do que antes, “arranha muito”.
- O amor não é mais que uma balança complicada – Diz Durito – De um lado ficam as coisas boas e, do outro, as ruins. O amor será tão longo quanto o tempo em que uma balança boa supere a balança ruim. Quem ama passa a vida acumulando pesos e cuidados na balança boa. Presta tanta atenção nesse peso que se esquece da balança ruim.Nunca entenderá como um peso, que apenas seria uma pluma de suspiro, pôde desequilibrar a balança de forma contundente, definitiva, irremediável...
Fiquei pensando e fumando. A lua era uma unha nacarada, uma vela inchada de luz no barco da noite. Assomou o seu gume na cúspide da montanha e depois se lançou com tal força que seu passo maltratou não poucas estrelas.
Tudo bem de novo. Feliz ano, oxalá que agora sim seja novo.
domingo, 8 de fevereiro de 2009
chegando...
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
A técnica de Meditação Vipassana é ensinada em cursos internos no local (retiros) pelo período de dez dias, durante os quais os participantes aprendem as bases do método, e praticam o suficiente para experimentar resultados benéficos.
Os cursos não são cobrados - nem mesmo para cobrir os custos de acomodação e alimentação. Todas as despesas são pagas com doações de pessoas que, tendo feito o curso e experimentado os benefícios de Vipassana, desejam dar também a outros a oportunidade de usufruir desses benefícios.
Os cursos são ministrados em diversos Centros de Meditação e em locais fora dos centros em sítios alugados. Cada local tem o seu próprio calendário de cursos. Na maioria dos casos, a inscrição em cada um desses cursos pode ser realizada com um clique na data de um curso da lista de cursos que aparece no calendário.
FESTA!

ENTRADA GRÁTIS!!
DIA 07/02 (SABADO) AS 18 HORAS!
PALESTRA: QUE MUNDO VEGANO QUEREMOS??
por Dennis Zagha Bluwol
Show ao vivo!
segue o cardápio!!!
HAM-BURGER SIMPLES(pão de hamburger, hamburger de soja, maionese de tofu temperado, presuntovegan, fatia de tofu seco)
X-SALADA(pão de hamburger, hamburger de soja, maionese de tofu temperado, alface,tomate e cebola, fatia de tofu seco)
X-CALABREZA(pão francês, linguiça vegan, maionese de tofu temperado, fatia de tofuseco)
VEGGIE-FISH(pão de hamburger, hamburger de tofu com temperos, maionese de tofu, alface etomate)
VEGGIE-BACON(pão de hamburger, hamburger de tofu com temperos, maionese de tofu, alface efatias de bacon vegan)
FALAFEL(pão árabe, bolinho de grão de bico, salada)
BATATA FRITA
SALGADOS
PASTEL
CERVEJAS
REFRIGERANTES
COMBOS:
V - HAM-BURGER + BATATA + REFRESCO OU REFRIGERANTE
E - X-SALADA + BATATA + REFRESCO OU REFRIGERANTE
G - X-CALABREZA + BATATA + REFRESCO OU REFRIGERANTE
A - VEGGIE FISH + BATATA + REFRESCO OU REFRIGERANTE
N - VEGGIE BACON + BATATA + REFRESCO
COMPAREÇAM!!! =)
Rua Dona Antonia de Queiros, 40 - Consolação(travessa Rua Augusta - próx. shopping Frei Caneca)São Paulo - SPtel: 3255-5274
segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009
domingo, 1 de fevereiro de 2009
quando o cotidiano faz a diferença
Olha só essa história e me diz se não é para gostar dessa gente. Talvez para alguns nada demais, para outros muito pouco, porém para os sonhadores, um outro mundo de fato!
o/as anarquistas grego/as continuam surpreendendo... vejam essa... dias atrás um grupo de libertário/as de tessalônica se reuniram e organizaram uma “vaquinha” para ajudar uma anciã de 74 anos a reconstruir sua pequena vendinha, após ela ter sido incendiada durante um distúrbio numa manifestação que rolou na cidade, em novembro de 2008, envolvendo jovens e a polícia. o/as anarquistas abriram uma conta bancária de apoio e arrecadaram 13.000 euros (cerca de 40 mil reais), quantia que foi imediatamente repassada a senhora.
"como anarquistas, sentimos que devemos apoiar as pessoas vitimizadas pela violência cega". “temos dado o que pudemos, além de nossas possibilidades, porque sabemos que seria difícil para ela começar de novo com a sua idade". "foi um ato de solidariedade com uma mulher que poderia ser nossa mãe", dizia um manifesto assinado por uma organização chamada "iniciativa anarquista". "só recebi promessas vazias (do estado)... me sinto muito afortunada de que estes meninos tenham vindo me ajudar", disse a idosa.
fonte Agência de Notícias Anarquistas