Por causa de coisas assim que penso inaugurar uma coluna aqui no Paladar intitulada Acabando com a política da boa vizinhança. Eis que depois de escrever o texto anterior falando exatamente sobre tolerãncia e alguns de seus limites, recebo algo que ilustra bem o que tentei falar sobre o absurdo de se tolerar tudo. Tinha ouvido falar em 2007 desse criminoso que se diz artista e não esperava mais ouvir falar dele, mas eis que aparece o dito cujo. O nome do infeliz é Guillermo Vargas Habacuc. Em 2007 na Nicarágua, em Manágua, para debater sobre a fome fez a sequinte "instalação": encontrou um cachorro de rua e o amarrou dentro da galeria provocando sua morte por fome e sede. Acredita nisso? Está aí o cãozinho...
Ele se justificou com dois cometários para sua "obra" (sic): primeiro que esse debate todo é uma grande hipocresia, afinal se o cão ainda estivesse na rua passando fome e sede ninguém iria ligar. Depois que isso foi uma tentativa de homenagear (sim, ele usou esse termo!) um nicaragüense morto por cães rottweiller. Evidentemente não pretendo pedir a tortura do ilustre para que ele sinta o absurdo de sua chamada arte (sou terminantemente contra toda e qualquer forma de tortura), mas sugiro apenas que na próxima vez, ele deva colocar uma criança para falar da fome, assim tenho certeza que terá mais atenção para sua maneira de denunciar a hipocresia humana. Certo? E sem falar que não posso entender também a complacência daqueles que estão a sua volta em aceitar isso. Artistas? Imaginar e aceitar o uso da tortura e da humilhação a outro ser, seja ele humano ou não, em nome da arte é mais do que rídiculo, é imoral, antiético, escroto e repulsivo!
E a coisa não parou por aí. Vejam que mal passada essa macabra exposição, a criatura é convidada a repetir (isso mesmo: repetir!) a experiência como representante da Costa Rica na Bienal Centroamericana Honduras 2008. Tá vendo o que eu quero dizer sobre tolerância? Arte pós-moderna é o escambau! Evidentemente eu não sou o único a se indignar com relação a isso. Quase 2 milhões de pessoas se pronunciaram. Clique aqui e assine uma petição online contra a partipação desse boçal nessa bienal. Nesse caminho fico apenas esperando o dia em que Menguele e seus comparsas nazis serão homenageados pela "inestimável" contribuição ao progresso da medicina. - Gostaria de colocar uma foto do "artista" (sinto por mais essas aspas...), mas não encontrei. Parece que o pessoal da Animal Liberation Front já foram falar com ele, e depois dessa conversinha anda bem cauteloso para mostrar a cara por aí.
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