quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Mulla!

Quem nunca ouviu venha ver! Nasrudin eh lindo, mesmo que muita gente ainda questione sua existencia. Isso nao importa. Ele eh a propria provocacao, a espiritualidade boa, a re-ligare honesta, a sabedoria, o riso e o deleite. Entao, duas historias sobre ele e no fim o site de onde as retirei e que podem ser encontradas muito mais, assim como um bocado de poesia sufi.

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Em dada ocasião, um rei chamou Nasrudin para se consolar:
- Ah, Mullá, estou triste. Meu povo anda mentindo demais, não sei mais o que fazer. O que posso fazer quando o povo me falta com a verdade.
- Acontece, rei - respondeu Nasrudin - que nem sempre é fácil diferenciar a verdade da mentira.
- Mas é claro que é, Mullá - retrucou o rei - a verdade impele ao bem, enquanto a mentira só visa enganar...
- Essa é a teoria, mas é preciso que todos saibam na prática o que é mentira e o que é verdade...
Assim Nasrudin combinou com o rei e com o carrasco da corte que na manhã seguinte todos os cidadãos iriam ser levados para fora dos muros da cidade e antes de entrarem o carrasco deveria perguntar o que queriam fazer na cidade, os que mentissem, seriam enforcados em praça pública.
E assim foi. Na manhã seguinte estavam todos os cidadãos em frente ao portal da cidade e o capataz falou:
- Todos os que desejam entrar na cidade devem me dizer o motivo, aqueles que mentirem serão enforcados.
- Eu serei o primeiro - disse Nasrudin, e se encaminhou na direção do carrasco.
- Por que quer entrar na cidade? - perguntou.
- Eu estou indo ser enforcado naquela forca - e apontou para a praça.
- Isso é uma mentira, Mullá!!! - disse o carrasco.
- Se estou mentindo, então me enforque, oras!

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Em dada ocasião, Nasrudin chegou em uma casa de banhos, mas como estava com uma roupa velha e a barba cheia de falhas, o atendente o tomou como um vagabundo qualquer. Por isso, tudo que forneceu ao Mullá, foi uma tina de água fria e uma toalha velha.
Antes de ir embora, Nasrudin se dirigiu ao atendente afim de pagá-lo. O Mullá pagou com uma grande e brilhante moeda de ouro, que fez com que o queixo do homem caísse.
Dali uma semana Nasrudin voltou a casa de banhos, e embora ainda usasse andrajos, o atendente o recepcionou incrivelmente bem e lhe ofereceu seus melhores serviços. Antes de ir embora, o Mullá foi pagar o homem, mas desta vez lhe deu uma diminuta e opaca moeda de cobre:
-Mas o que é isso? - perguntou o atendente.
-Essa moeda de cobre é pelo atendimento da semana passada, e aquela moeda de ouro foi pelo atendimento de hoje.

fim

retirados de
http://www.sertaodoperi.com.br/poesiasufi/poesia/rumi_colet.htm

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