O que te faz sentir potente? Qual é o teu poder? O argumento de ser um consumidor é o máximo que consegue para ser notado? Comprar te faz sentir poderoso e importante? Quarta-feira última, dia 22, foi o dia mundial sem carro. A coisa existe a alguns anos em quase todo o mundo e seu principal objetivo e fazer todxs pensarem a respeito da mobilidade, principalmente nas cidade, e o uso do carro. Como, infelizmente, não podia deixar de ser - apenas por enquanto- a cidade de São Paulo e a grande maioria de seus habitantes praticamente ignoraram a data. Porém, alguns de seus moradores não! Aproximadamente 1000 pessoas de todos os cantos da cidade se reuniram para pensar sobre o dia e mostrar o que podemos fazer. Munidos de veículos não-automotores, estiveram reunidos na praça do ciclista na Av. Paulista a partir das 18h, e por volta as 20h, iniciaram sua movimentação.
Ainda fico emocionado só de lembrar! Enquanto no dia a dia pessoas sem carro, particularmente ciclistas, sofrem com a violência do trânsito e precisam de muita coragem e cautela nas ruas da cidade, nessa noite a relação foi subvertida, mas sem ameaças para os motoristas. Por duas horas a A. Paulista, 23 de maio, túnel Ayrton Senna, vicinal da marginal Pinheiros e depois Rebouças, foram tomadas por bicicletas mágicas que mantiveram seu ritmo e seus espíritos livres!
Claro que os motoristas apressados e enlouquecidos não entenderam. Mesmo com a faixa no fim da manada dizendo :"Você é dono de um carro, não da rua!", lamentavelmente eles não entenderam...
Não importa, nessa noite nada pode ser feito além do costume, e eles esperaram. Esperaram, mas dessa vez, porque a rua é de todos. A rua não pertence apenas a carros. O espaço público é de quem esta nele. A pedalada tem seu tempo e nessa noite ela se fez presente com toda sua autonomia e encanto. Carros não cruzaram os semáforos até a última bike sair do cruzamento.
Espaços costumeiros que não respeitam outros veiculos que não máquinas motorizadas foram ocupados sem abertura para negociação. Talvez alguns entendam isso como uma provocação- e tenho que confessar - é mesmo! Sem algum modo de contestação, pouca coisa muda. Sem indignação e fúria tudo vai ficar na mesma. E quem está contente com as coisas assim? Não queremos governar, mas também não seremos governados! Menos ainda por um estilo de vida que f. a todos e já se revelou uma enorme mentira.
A massa crítica que tomou algumas ruas importantes na noite de quarta-feira em São Paulo quer dizer exatamente isso. Viemos para ficar! Leia isso como uma declaração de guerra, ou não, realmente não nos interessa. O que nos importa é que a rua é nossa também e se você tem pressa e pensa ter o direito de colocar outras vidas em risco, esta mais do que na hora de rever seus valores e prioridade.
A massa crítica é um movimento. Não é uma instituição, uma organização, um grupo fechado, uma hierarquia, um comando ou um esforço de controle. Ela é pura necessidade e luta. E claro, prazer. O mal-humor deixamos com os motoristas. Mais amor e menos motor! Clamam as ruas tomadas por bicicletas nesses dias.
Ela é um enorme fodasse para a modernidade e suas certezas. Ela é subversão e liberdade de direção. A polícia não pode nos deter! O Estado vai ter que escutar e mudar, e a senhora sociedade... bom, essa vai precisar de outras coisas além de suas buzinas e de suas ofensas para nos fazer sair da frente.
Não sairemos!
A tomada do espaço pública revela, antes de mais nada, o poder da coletividade. Juntos somos invencíveis! Dar-se conta de estar em um lugar que é teu por direito, mas que na prática se faz notar pela opressão e imposição, e tomar de volta o que lhe pertence é fantástico. Tomar as ruas de assalto como foi feito no dia 22 é voltar a dar sentido a vida já aprisionada e cansada na cidade.
Humor minha gente! A cidade pede humor! Bicicletas são lindas e fabulosas, como pensar que isso é um problema? Como ser raivoso com tal invento? Coletividade criativa, espontânea e vigorosa! Gostaria disso em sua vida? Então, venha! Massa crítica é a solução para muitos males! Sinta a euforia das ruas, o contentamento desse poder, desse enfrentamento! Lutar pode te oferecer um sentido maior de emancipação. Pertencer e conquistar algo além de um trabalho e um salário vai te ampliar as possibilidades.
Bicicletas farão a revolução? Creio que não. Porém, pessoas pedalando com suas utopias, não resta a menor dúvida.
Tua bicicleta é mais poderosa do que pode imaginar!
E não esqueça: a revolução não será televisionada!
Ainda fico emocionado só de lembrar! Enquanto no dia a dia pessoas sem carro, particularmente ciclistas, sofrem com a violência do trânsito e precisam de muita coragem e cautela nas ruas da cidade, nessa noite a relação foi subvertida, mas sem ameaças para os motoristas. Por duas horas a A. Paulista, 23 de maio, túnel Ayrton Senna, vicinal da marginal Pinheiros e depois Rebouças, foram tomadas por bicicletas mágicas que mantiveram seu ritmo e seus espíritos livres!
Claro que os motoristas apressados e enlouquecidos não entenderam. Mesmo com a faixa no fim da manada dizendo :"Você é dono de um carro, não da rua!", lamentavelmente eles não entenderam...
Não importa, nessa noite nada pode ser feito além do costume, e eles esperaram. Esperaram, mas dessa vez, porque a rua é de todos. A rua não pertence apenas a carros. O espaço público é de quem esta nele. A pedalada tem seu tempo e nessa noite ela se fez presente com toda sua autonomia e encanto. Carros não cruzaram os semáforos até a última bike sair do cruzamento.
Espaços costumeiros que não respeitam outros veiculos que não máquinas motorizadas foram ocupados sem abertura para negociação. Talvez alguns entendam isso como uma provocação- e tenho que confessar - é mesmo! Sem algum modo de contestação, pouca coisa muda. Sem indignação e fúria tudo vai ficar na mesma. E quem está contente com as coisas assim? Não queremos governar, mas também não seremos governados! Menos ainda por um estilo de vida que f. a todos e já se revelou uma enorme mentira.
A massa crítica que tomou algumas ruas importantes na noite de quarta-feira em São Paulo quer dizer exatamente isso. Viemos para ficar! Leia isso como uma declaração de guerra, ou não, realmente não nos interessa. O que nos importa é que a rua é nossa também e se você tem pressa e pensa ter o direito de colocar outras vidas em risco, esta mais do que na hora de rever seus valores e prioridade.
A massa crítica é um movimento. Não é uma instituição, uma organização, um grupo fechado, uma hierarquia, um comando ou um esforço de controle. Ela é pura necessidade e luta. E claro, prazer. O mal-humor deixamos com os motoristas. Mais amor e menos motor! Clamam as ruas tomadas por bicicletas nesses dias.
Ela é um enorme fodasse para a modernidade e suas certezas. Ela é subversão e liberdade de direção. A polícia não pode nos deter! O Estado vai ter que escutar e mudar, e a senhora sociedade... bom, essa vai precisar de outras coisas além de suas buzinas e de suas ofensas para nos fazer sair da frente.
Não sairemos!
A tomada do espaço pública revela, antes de mais nada, o poder da coletividade. Juntos somos invencíveis! Dar-se conta de estar em um lugar que é teu por direito, mas que na prática se faz notar pela opressão e imposição, e tomar de volta o que lhe pertence é fantástico. Tomar as ruas de assalto como foi feito no dia 22 é voltar a dar sentido a vida já aprisionada e cansada na cidade.
Humor minha gente! A cidade pede humor! Bicicletas são lindas e fabulosas, como pensar que isso é um problema? Como ser raivoso com tal invento? Coletividade criativa, espontânea e vigorosa! Gostaria disso em sua vida? Então, venha! Massa crítica é a solução para muitos males! Sinta a euforia das ruas, o contentamento desse poder, desse enfrentamento! Lutar pode te oferecer um sentido maior de emancipação. Pertencer e conquistar algo além de um trabalho e um salário vai te ampliar as possibilidades.
Bicicletas farão a revolução? Creio que não. Porém, pessoas pedalando com suas utopias, não resta a menor dúvida.
Tua bicicleta é mais poderosa do que pode imaginar!
E não esqueça: a revolução não será televisionada!
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