terça-feira, 13 de janeiro de 2009

A Palestina e o jogo de palavras

Tentando colaborar com o acesso a informação de que nem todo judeu é sionista e "palavras nem sempre são só palavras" damos mais um passo. Primeiro o ótimo O Biscoito Fino e a Massa, nos faz um grande serviço sobre termos que vem sendo utilizados com enorme frequência. Termos que muitas vezes já encontramos em outras situações semelhantes de conflitos onde os verdadeiros interesses não são revelados. ops! conflito? Veja isso. Depois existem momentos que se fala em “equilíbrio”, “ponderação", “ver os dois lados”. Será? Mais aqui. E como não poderia deixar de ser: terrorrismo. Vamos lá! Esses são alguns exemplos de uma excelente oportunidade para entender como funciona uma análise de discurso.
Penso que esse debate é pertinente também porque muitos meios de comunicação insistem em dizer de modo bastante reducionista e superficial que ser contra a política sionista do Estado de Israel é ser a favor do fundamentalismo islâmico. Meu posicionamente é claro: estou a favor do povo palestino e terminantemente contra qualquer forma de imposição, venha ela de onde vier. Vocês não encontrarão nesse blog nenhum apoio ao Hamas. Não por engrossar o discurso de que eles sejam terrorristas e fundamentalistas, mas por discordar de outros pontos de atuação, como por exemplo a combinação de islamismo e nacionalismo. Nacionalismo e religião sempre me parecem muito complicados de lidar, mas nesse caso quem deve decidir isso é o povo palestino. Já demonstramos claramente que nossa pseudo-democracia-ocidental é uma porcaria e não serve de referência para ninguém.
Bom, a organização de judeus ortodoxos Neturei Karta (em hebraico נטורי קרתא do aramaico "guardiões da cidade") presente em vários países, inclusive Israel, é autodefinida anti-sionista e no caso da Palestina, apoia integralmente a autonomia do povo palestino. Vocês pode conhecer mais deles aqui. Muitas coisas estão em inglês e espanhol.

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