sábado, 20 de março de 2010

Tanta coisa pra dizer e...

contar e pensar e compartilhar... mas ainda assim fico com algo já conhecido. Não que esteja eu já nesse lugar dito tão sabiamente pelo Mestre Itamar Assumpção, mas me faço falar para inspiração no bom combate que vejo travando nos últimos tempos: como amargar sem se perder no rancor? Como reconhecer a dor sem justificar a eterna lamentação?

Dor Elegante
(Itamar Assumpção e Paulo Leminski)


Um homem com uma dor
É muito mais elegante
Caminha assim de lado
Com se chegando atrasado
Chegasse mais adiante

Carrega o peso da dor
Como se portasse medalhas
Uma coroa, um milhão de dólares
Ou coisa que os valha

Ópios, edens, analgésicos
Não me toquem nesse dor
Ela é tudo o que me sobra
Sofrer vai ser a minha última obra

3 comentários:

untitled disse...

pensei em te dizer algo
mas a palavra não sai
vou passar um estilete na garganta
para ver se aí
o sangue escorre

Cheiro frágil e doce.

Pat

Jú Pacheco disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Babi disse...

conheço muito bem essa música! rs conheço muito bem essa dor... talvez outras tb..
saudades de ti.
beijo